Tirando a cavalgada narrativa da quarta temporada, Mad Men soube sempre fazer do tempo lento o seu maior charme. Hoje os diálogos continuam irrepreensíveis, o contexto perfeito, a produção cada vez mais cuidada, mas parece um monstro inconsequente. Um enorme medo de estragar e matar a galinha de ovos de ouro que inventaram tão bem. Paradoxalmente, prevê-se que haverá cada vez mais prendas (o jump the shark de Mad Men) como Tomorrow Never Knows de Beatles a tocar no gira-discos de Draper do episódio 8, que custou em direitos 250 mil dólares. Custos de autenticidade, dizem os produtores da série. LSD, Stones e Beatles, a vanguarda do anti-tabagismo, cancro, beats e hippies, abortos e agora até um rapaz que nasceu num campo de concentração. Começa a não haver nada que não tenha acontecido a este escritório. Que pena. Não foi sempre assim.
1 comentário:
Por acaso gostei muito desse episódio.
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